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Marcia Carmo

Jornalista e correspondente do Brasil 247 na Argentina. Mestra em Estudos Latino-Americanos (Unsam, de Buenos Aires), autora do livro ‘América do Sul’ (editora DBA).

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Decisão de prisão de Cristina Kirchner gera união de militantes opositores de Milei

“Decisão de prisão de Cristina Kirchner gera união de militantes opositores de Milei”, escreve a colunista Marcia Carmo

Cristina Kirchner (Foto: Natacha Pisarenko / Pool via Reuters)

Multidões de apoiadores da ex-presidenta Cristina Kirchner realizam concentração em frente à casa dela e na Praça de Maio, de cara para a Casa Rosada, a sede da Presidência da Argentina. As quartas-feiras costumam ser marcadas por manifestação de aposentados – sempre rodeados por fortíssima presença policial. Mas esta quarta-feira está sendo motivo, além do protesto dos aposentados, de união de amplos setores insatisfeitos com o governo Milei e que se concentram contra a decisão da Suprema Corte de Justiça de condenar Cristina a seis anos de prisão e de torná-la inabilitada (inelegível) para disputar e exercer qualquer cargo público para o resto de sua vida.

A decisão da Suprema Corte, por unanimidade, já era esperada pela ex-presidenta. A Corte a condenou por “delito de istração fraudulenta em prejuízo do Estado”. Este caso começou com 2008 com uma denúncia da ex-deputada Elisa Carrió, opositora de Cristina, e em dezembro de 2022, ela foi condenada.

A denúncia envolve obras públicas que teriam sido entregues a um empresário amigo do casal Kirchner – Cristina e o marido e ex-presidente Nestor Kirchner, que morreu em 2010. A ex-presidenta nega irregularidades. Num discurso, na noite de terça-feira, logo após a decisão da Corte, ela estava visivelmente emocionada. “A decisão responde a um cronograma eleitoral. Eles sabem que somos os únicos a representar uma alternativa a essa situação (Milei).”, disse diante de uma multidão de apoiadores.

Na semana ada, durante entrevista ao canal C5N, Cristina tinha anunciado que seria candidata a deputada provincial na eleição de sete de setembro. Com a decisão da Corte, seu nome não aparecerá mais entre os candidatos, como ela mesma disse. Na fala da noite de terça-feira, ela ampliou suas críticas ao governo Milei. “Quanto tempo pode durar esse endividamento serial, a queda dos salários, a destruição das universidades públicas. O que eles também querem é que o ‘campo popular’ não se organize mais”, disse sob cânticos de apoio e aplausos de seus militantes.

Na tarde desta quarta-feira, ela apareceu na varanda do apartamento onde mora no bairro de Constitución, na cidade de Buenos Aires. É ali, onde mora com a filha e a neta, que pretende cumprir a prisão domiciliar. Seus advogados de defesa pediram que seu pedido seja atendido, que ela não use tornozeleira eletrônica e que possa exercer seu direito político de realizar reuniões e continuar atuante nas redes sociais, contaram fontes. Até esta tarde ainda não se conheciam respostas da Justiça a esses pedidos. Em frente à sua casa e à Praça de Maio, seus apoiadores pedem que a Corte volte atrás em sua decisão. Eles a querem na corrida eleitoral. Algo muito pouco provável no cenário atual.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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