Dia histórico: Bolsonaro no banco dos réus por golpe de estado; acompanhe ao vivo

247 - Jair Bolsonaro (PL) está sendo interrogado na tarde desta terça-feira (10), no Supremo Tribunal Federal (STF), como parte do processo que apura uma tentativa de golpe de Estado articulada para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Pulo, Bolsonaro não pretende exercer o direito ao silêncio diante do relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes. “A chance de ele ficar em silêncio é zero”, teria afirmado um membro da equipe jurídica do ex-mandatário, que conta com o apoio de três bancas de advocacia.

Segundo o jornal O Globo, cerca de meia hora antes de ser interrogado, o ex-mandatário divulgou em suas redes sociais um vídeo que reúne falas de do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. A publicação foi feita em tom defensivo e tem como fio condutor a negação de que tenha havido uma tentativa concreta de ruptura institucional no país. 

No vídeo, Tarcísio de Freitas afirma que não houve uma articulação para depor o governo democraticamente eleito. Aldo Rebelo aparece fazendo coro à versão de que a intenção golpista não se sustentaria juridicamente. Já Marco Aurélio Mello,ministro aposentado do STF, repete entendimento semelhante, afastando a hipótese de conspiração institucional.

Bolsonaro está sendo ouvido como acusado de liderar uma organização criminosa que articulou um plano de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito democraticamente em 2022. Além disso, ele responde pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de bem tombado. O ex-mandatário nega qualquer participação em ações golpistas.