Moraes cobrou explicações de Cid sobre documentação portuguesa em fevereiro
O militar negou a intenção de deixar o país
247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, em fevereiro deste ano, que a defesa de Mauro Cid esclarecesse o motivo de o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro ter solicitado um aporte português. No despacho assinado no dia 19 de fevereiro, Moraes intimou os advogados do tenente-coronel para explicarem, no prazo de 24 horas, o motivo do pedido. As informações são do g1.
O magistrado também requisitou informações sobre a possível emissão de cédula de identidade portuguesa para Cid. "Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Mauro Cid para que, no prazo de 24 horas, esclareçam por qual razão o colaborador solicitou aporte português e informem se [Cid] já recebeu a cédula de identidade portuguesa que foi solicitada", escreveu Moraes no documento.
A nova ofensiva das autoridades culminou, nesta sexta-feira (13), com uma operação da Polícia Federal que levou Mauro Cid à sede da corporação em Brasília para prestar esclarecimentos. A ação apura uma possível tentativa de fuga do militar para o exterior com apoio de aliados políticos.
De acordo com a Polícia Federal, os indícios apontam que o plano contaria com a ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que chefiou a pasta durante o governo Bolsonaro. Segundo os investigadores, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio deste ano, para facilitar a emissão do aporte português a Cid. A PF suspeita que a medida visava viabilizar a saída de Mauro Cid do país.
Também nesta sexta-feira, Gilson Machado foi preso preventivamente em Recife no âmbito da mesma investigação. A defesa de Cid nega qualquer tentativa de fuga e afirma que a solicitação de documentos não tinha caráter ilícito.
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