Preso ilegalmente por Israel, Thiago Ávila é solto e está a caminho do Brasil
Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, o ativista “já está embarcado a caminho do Brasil”
247 - O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, foi libertado nesta quinta-feira (12) e está sendo deportado de Israel após permanecer quatro dias detido. Segundo a ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, o ativista “já está embarcado a caminho do Brasil”. Ela ainda condenou a prisão do brasileiro: “a prisão dele e dos ativistas que foram impedidos de levar ajuda humanitária a Gaza foi mais uma violência do governo de Netanyahu. Toda solidariedade ao povo palestino”.
Segundo o centro jurídico Adalah, que atua na Palestina ocupada e acompanha o caso, Thiago Ávila foi preso na madrugada de segunda-feira (9) junto a outros 11 militantes que participavam da Flotilha da Liberdade, uma expedição internacional que buscava romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. O grupo navegava em águas internacionais no Mar Mediterrâneo quando o barco foi interceptado por forças da marinha israelense.
A iniciativa, composta por ativistas e organizações de diversos países, pretendia entregar suprimentos à população palestina de Gaza, que enfrenta um severo bloqueio humanitário há anos. O veleiro Madleen, onde estavam os militantes, tinha como destino o litoral de Gaza.Repressão e greve de fome - De acordo com a advogada de Ávila, ele foi transferido na quarta-feira (11) para uma cela solitária em uma prisão israelense, após ter iniciado uma greve de sede e fome como forma de protesto contra a prisão arbitrária. A defesa acredita que o isolamento foi uma forma de retaliação, já que o brasileiro exercia a função de coordenador da Flotilha da Liberdade.
“O Thiago foi ameaçado pelas autoridades israelenses com sete dias de confinamento solitário”, disse a advogada, que também relatou restrições ao o da equipe jurídica e condições precárias nas celas.
O centro jurídico Adalah afirmou que os detidos sofreram maus tratos durante a detenção, incluindo privação de sono, alimentação e água potável, além de terem enfrentado isolamento forçado. O grupo também denunciou dificuldades impostas ao contato com seus advogados.
Missão interrompida - A missão da Flotilha da Liberdade visava romper simbolicamente e materialmente o cerco israelense à Gaza, levando ajuda humanitária a uma população assolada por bloqueios e bombardeios. A interceptação do barco e a prisão dos ativistas reacendem os debates sobre a legalidade do bloqueio e a repressão israelense a iniciativas civis de solidariedade internacional.
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