Rússia denuncia ataques israelenses ao Irã e alerta para risco de guerra em larga escala

247 - Durante sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, fez duras críticas a Israel pelos recentes bombardeios contra o território iraniano, incluindo alvos nucleares. A informação é da Al Jazeera.

Nebenzya classificou os ataques como uma provocação inaceitável. “A comunidade internacional não pode – e não deve – ficar de braços cruzados quando se depara com esse tipo de provocação”, afirmou o representante russo. Segundo ele, tolerar ações dessa natureza representa um “caminho certo para uma guerra em larga escala e uma séria ameaça à segurança global”.

Ao conclamar os demais membros do Conselho de Segurança a se posicionarem, o diplomata exigiu uma resposta firme do órgão diante da escalada militar protagonizada por Tel Aviv. “É necessário que o Conselho conduza uma avaliação dos ataques de Israel e faça um apelo imediato pela cessação de qualquer tipo de pressão baseada na força”, defendeu.

A manifestação da Rússia ocorre num momento de alta tensão geopolítica, após Israel realizar bombardeios sobre o território iraniano, o que inclui locais ligados ao programa nuclear do país. O governo israelense não comentou oficialmente a operação, mas fontes de defesa em Teerã acusaram diretamente o Estado israelense de violar a soberania iraniana.

O posicionamento de Moscou reforça a crítica de diversos atores internacionais à política de agressões preventivas adotada por Israel, sobretudo após o aumento das hostilidades na região. Para a diplomacia russa, a ausência de consequências para essas ações abre precedente perigoso para novos conflitos armados e desestabiliza a segurança coletiva.

A Rússia, aliada estratégica do Irã e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, busca ampliar a pressão internacional para conter a escalada bélica protagonizada por Israel. O apelo de Nebenzya soma-se a uma série de alertas recentes sobre o risco de um conflito regional de grandes proporções, caso a comunidade internacional mantenha a inércia.