“Estamos enfrentando um Plano Condor do século 21”, diz Luisa González

247 - A ex-candidata presidencial pelo movimento correísta no Equador, Luisa González, afirmou, em entrevista ao jornal argentino Página 12, que os países governados por lideranças progressistas na América Latina estão sendo alvos de uma nova articulação imperialista de perseguição política, que ela classifica como o “Plano Condor do século XXI”.

“Isso aconteceu com Evo Morales na Bolívia; aconteceu com Lula no Brasil, acontece com Cristina na Argentina, acontece com Correa no Equador e agora também está sendo enfrentado pelo presidente Petro na Colômbia”, declarou González. 

Sobre o Equador, ela denunciou as irregularidades eleitorais que levaram Daniel Noboa à presidência: "Nas eleições de 2021, de 2023 e agora nas de 2025, Diana Salazar, ex-procuradora-geral da Nação, desempenhou um papel fundamental como figura política. Ela fez isso com Andrés Arauz, quando ele era nosso candidato. Junto com o procurador da Colômbia, alegadamente possuíam provas de que o ELN financiava Arauz. A disputa eleitoral terminou e tudo isso foi esquecido. Foi um show apenas para prejudicar a campanha de Andrés".

"Pois bem, em 2023, eu era a candidata e assam o candidato Fernando Villavicencio. E, apesar de a procuradora saber que grupos criminosos organizados tinham responsabilidade no crime, ela deu a entender que a culpada foi a Revolução Cidadã", disse. 

González expôs a possível fraude eleitoral no Equador após o segundo turno de 13 de abril deste ano, no qual Daniel Noboa foi reeleito. Ela perdeu o primeiro turno em fevereiro por apenas 17 mil votos. E, no segundo turno, contrariando as previsões das pesquisas, Noboa venceu com uma diferença de 11 pontos. 

"Nós exigimos que abram as urnas", afirma a líder da Revolução Cidadã.