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Thiago Ávila exibe marcas de tortura sofrida em prisão em Israel (vídeo)

Ativista brasileiro que foi preso ao tentar levar ajuda humanitária a Gaza exige liberdade de companheiros ainda presos

Cicatrizes de Thiago Ávila (Foto: Reprodução/X/@thiagoavilabr)
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247 - O ativista social brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, revelou nesta sexta-feira (13) as marcas das agressões que sofreu enquanto esteve sob custódia das autoridades israelenses após ser preso por integrar uma missão de ajuda humanitária à Faixa de Gaza a bordo do veleiro Madleen, informa o Metrópoles.

Logo após desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, Ávila compartilhou um vídeo nas redes sociais em que expõe hematomas no abdômen, braços e pernas. “Três pessoas ainda estão sob custódia de uma entidade que viola todos os direitos internacionais. Então é muito grave, nós precisamos cobrar a liberdade imediata de Marco, de Yanis e de Pascal”, declarou ele, referindo-se aos ativistas Mark van Rennes (Holanda), Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi (França), que seguem presos.

Prisão e deportação - Ávila foi detido na madrugada de segunda-feira (9), após a Marinha de Israel interceptar a embarcação Madleen no mar Mediterrâneo, a cerca de 185 quilômetros da costa da Palestina, em águas internacionais. O veleiro, pertencente à Coalizão Flotilha da Liberdade, transportava alimentos e remédios com destino à população civil de Gaza.

Segundo o relato do brasileiro, ele foi mantido em uma cela escura e isolada, onde iniciou greve de fome em protesto. Recusou-se a documentos que implicavam reconhecimento de culpa por tentar entrar ilegalmente em Israel. “Quando me levaram para o isolamento solitário, o primeiro grupo de soldados mais violentos me jogou na parede e falou: ‘Bem-vindo a Israel, Thiago’. E eles repetiam isso nos momentos de violência também”, contou.

Ainda no aeroporto, Ávila afirmou que manteve-se firme para garantir a segurança dos colegas de missão. “Só aceitei voltar porque a deportação dos outros dependia da minha decisão”, disse, vestindo o uniforme carcerário israelense, que classificou como símbolo de resistência: “é uma honra usar essa roupa aqui, porque eu sei que tantas pessoas que estão nas masmorras de Israel nesse momento são libertadas com essa mesma roupa”.

Missão humanitária e críticas a Israel - A embarcação havia partido da Itália em 1º de junho com doze ativistas, entre eles a sueca Greta Thunberg e a eurodeputada sa Rima Hassan. Todos foram detidos após a interceptação em alto-mar. Thunberg, já em Paris, afirmou que os ativistas foram “ilegalmente atacados e sequestrados” e “transferidos para Israel contra sua vontade”.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou um vídeo do momento da interceptação, em que a Marinha exige que o Madleen mude de rota, justificando o fechamento da área marítima ao largo da Faixa de Gaza. Na gravação, a embarcação é descrita como um “iate da selfie”.

A Justiça israelense determinou a deportação de Thiago Ávila em audiência realizada na quarta-feira (11). Sua defesa argumentou que não havia delito, já que a embarcação navegava em águas internacionais e possuía autorização para isso.

O Itamaraty confirmou o retorno do ativista com “satisfação” e informou ter atuado, via embaixada em Tel Aviv, para garantir sua integridade física e segurança. A irmã de Thiago, a policial civil Luana Ávila, destacou ao Metrópoles que ele rejeitou a autodeportação por entender que tal documento implicaria confissão de crime inexistente.

Contexto político e ime humanitário - Desde 19 de maio, o governo de Israel flexibilizou parcialmente o bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza, após três meses de bloqueio terrestre. Contudo, segundo críticos, a medida favorece a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização acusada de atuar sob influência dos Estados Unidos e de Israel, e rejeitada por diversos grupos independentes de ajuda humanitária.

A iniciativa da Flotilha da Liberdade contrasta com esse controle, buscando entregar insumos diretamente à população afetada. A repressão aos ativistas reacendeu o debate sobre as restrições humanitárias impostas pelo governo israelense e o tratamento dispensado a defensores de direitos humanos.

 

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